
É bem evidente, que a natalidade atinge um número elevado nas Caxinas. Por ano nascem 300 crianças, havendo famílias com mais d dez e doze filhos.
O Homem das Caxinas pode-se definir como: valente, poeta e filósofo, melancólico e sonhador, muito religioso, fraterno e generoso, tempestivo no momento de fúria, mas cordeiro e humano, honrado e supersticioso, bom chefe de família e trabalhador.
Os caxineiros, têm muita honra de o ser, detêm um linguarejar próprio, muito interessante e curioso.
Logo de manhã, após terem arranjado os instrumentos utilizados na faina nocturna, dirigem-se à beira-mar para trocar impressões e conversa, indo para tascas onde mata o bicho, jogam uma suecada ou ao méco, e se o tempo for bom jogam ao chincalhão ao abrigo de uma barca varada na praia.
Muitos caxineiros vão procurar bem longe o sustento da família numerosa, emigrando muitas vezes para a Alemanha, Holanda, Espanha e África, ou então encorporando-se nas campanhas bacalhoeiras para a Terra Nova. Mas muitos dos pescadores ficam pelo caminho, causando a tristeza no povo caxineiro. “O mar é um permanente luzeiro de almas que por lá têm ficado”.
Estas gentes do mar têm um coração muito bondoso, e um grande espírito de inter-ajuda, formando assim uma grande família onde se auxiliam mutuamente.
2 comentários:
Gostei muito de ver que se empenharam na elaboração do v/blogue!!
Continuem a enviar posts e comentários pessoais sobre o tema e a v/ experiência nesta nova disciplina.
Gostaria de saber se aí dizem 'redes de barguear'... Se sim, o que significa 'barguear'?
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